Evoluçâo do ensino da contabilidade em Portugal na segunda metade do século XIX: uma análise histórica, 1844-1886 = Evolution of accounting education in Portugal in the second half of the nineteenth century: a historical analysis, 1844-1886

Autores/as

  • Miguel Gonçalves Instituto Politécnico de Coimbra
  • Maria da Conceiçao da Costa Marques Instituto Politécnico de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.18002/pec.v0i13.609

Palabras clave:

Historia de la Contabilidad, Enseñanza de la Contabilidad, Escuelas de Comercio, Portugal, Lisboa, Oporto, Siglo XIX, Accounting History, Accounting Education, Schools of Commerce, Lisbon, 19th century, História da Contabilidade

Resumen

En 1844 el Aula de Comércio de Lisboa (1759) fue rebajada al nivel de enseñanza secundaria, por iniciativa legislativa de Costa Cabral, terminando así la autonomía de la que hasta entonces disfrutó. Su sucesora fue la Escola de Comércio (1844-1869), integrada en el Liceu de Lisboa como sección comercial. Posteriormente, en los años 1869 y 1886 se fundaron, respectivamente, dos instituciones de enseñanza pública de la Contabilidad: El Instituto Industrial e Comercial de Lisboa y el Instituto Industrial e Comercial de Oporto. Este artículo pretende contribuir al conocimiento de estas tres escuelas difusoras de conocimientos contables en Portugal en el Siglo XIX: La Escola de Comércio de Lisboa (1844-1869) y los Institutos Industriales y Comerciales de Lisboa (1869) y Oporto (1886).


In 1844 Portuguese School of Commerce (1759) was downgraded to the level of secondary education, an initiative of Costa Cabral, therefore abolishing the autonomy that it had enjoyed until that date. His successor was the School of Commerce of Lisbon (1844-1869), a part of the Lisbon High School, as a commercial section. Later, were founded in 1869 and 1886, respectively, another two public schools of accounting: the Industrial and Commercial Institute of Lisbon and the Industrial and Commercial Institute of Oporto. This article aims to contribute to the increase of knowledge associated with these three schools of accounting knowledge in Portugal in the nineteenth century - the School of Commerce (1844-1869) and the Industrial and Commercial Institutes of Lisbon (1869) and Oporto (1886).


Em 1844 a Aula de Comércio de Lisboa (1759) foi rebaixada ao nível do ensino secundário, por iniciativa legislativa de Costa Cabral, abolindo-se a autonomia de que até aí gozara. A sua sucessora foi a Escola de Comércio (1844-1869), integrada no Liceu de Lisboa como secção comercial. Posteriormente, foram fundados nos anos de 1869 e de 1886, respectivamente, dois estabelecimentos de ensino público de Contabilidade: o Instituto Industrial e Comercial de Lisboa e o Instituto Industrial e Comercial do Porto. Este artigo visa contribuir para o aumento do conhecimento associado a estas três escolas difusoras de saberes contabilísticos em Portugal no século XIX – a Escola de Comércio de Lisboa (1844-1869) e os Institutos Industriais e Comerciais de Lisboa (1869) e do Porto (1886).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Azevedo, Mário da Conceição (1961). A Aula do Comércio, primeiro estabelecimento de ensino técnico profissional oficialmente criado no Mundo. Lisboa: Escola Comercial Ferreira Borges.

Barata-Moura, José (2009). “A unidade do saber. Universidade e Politécnico”. Revista de Contabilidade e Finanças, 99, pp. 9-11.

Beça, Humberto (1918). O ensino comercial em Portugal. Porto: Escola Secundária de Comércio.

Brito, António Tomé de (1949). “Depoimento”. In, Vantagens para a Contabilidade da Regulamentação Profissional dos Técnicos de Contas (1953). Depoimento proferido em 28 de Abril de 1949 nas sessões promovidas pela SPC. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Contabilidade, pp. 71-78.

Caiado, António Pires (2000). “The teaching of accounting in Aula do Comércio (1759-1844)”. Comunicação apresentada no 8º Congresso Mundial de Historiadores de Contabilidade, Academy of Accounting Historians, pp. 1-9.

Campos, João Ferreira (1859). Apontamentos relativos á instrucção publica. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias.

Cardoso, José Luís (1984). “Uma ‘Notícia Esquecida’: o ensino da economia na Aula do Comércio”. Estudos de Economia, V (1), pp. 87-112.

Carqueja, Hernâni O. (2002). Do saber da profissão às doutrinas da Academia. Separata anexa à Revista de Contabilidade e Comércio, vol. LIX, nos 234-235.

Carqueja, Hernâni O. (2002a). “Nota biográfica de Ricardo José de Sá”. Revisores & Empresas, 16, pp. 5-6.

Carqueja, Hernâni O. (2002b). “Nota biográfica de Rodrigo Afonso Pequito”. Revisores & Empresas, 17, pp. 5-6.

Carvalho, Manuel de Sousa (1953). “Comercialização do ensino da contabilidade”. Revista de Contabilidade e Comércio, 81, pp. 83-85.

Carvalho, Rómulo de (2001). História do ensino em Portugal: desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar-Caetano. 3ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Corrêa, Francisco António (1930). História económica de Portugal. Vol. II. Lisboa: Tipografia da Empresa Nacional de Publicidade.

Costa, Carlos Baptista da (1980). “O ensino da contabilidade em Portugal - a necessidade de uma Licenciatura em Contabilidade”. Revista de Contabilidade e Comércio, XLIV (176), pp. 389-404.

Costa, Carlos Baptista da (2007). “Uma data e um nome que não podem ser esquecidos”. Revista de Contabilidade e Finanças, 85, p. 3.

Costa, Carlos Baptista da (2009). “Breves notas sobre a Aula de Comércio”. Revista de Contabilidade e Finanças, 96, pp. 4-5.

Costa, Carlos Baptista da (2009a). “Ciclo de conferências comemorativas do 250.º aniversário da Aula do Comércio”. Revista de Contabilidade e Finanças, n.º 97, Associação Portuguesa de Peritos Contabilistas (APPC), pp. 22-23.

Costa, Francisco Felisberto Dias (1900). Exposition universelle de 1900 - Institut Industriel et Commercial de Lisbonne. Lisboa: [s.n.].

Costa, Laurindo (1925). A evolução do ensino profissional: séculos XIX a XX. Porto: Imprensa Nacional.

Dória, António Álvaro (1973). “Ricardo de Sá em defesa dos Guarda-Livros”. Revista de Contabilidade e Comércio, XL (159), pp. 274-279.

Estevens, Matilde (2009). “Classe média: o universo provável dos discentes da Aula de Comércio?”. Revista de Contabilidade e Finanças, 99, pp. 4-8.

Felismino, Aureliano (1960). No duplo centenário da Aula do Comércio. Lisboa: [s.n.].

Ferreira, L.; Kedslie, M.E. e Freitas, M.V. de (1995). “The history of accounting in Portugal, with special reference to the Aula do Commercio”. Comunicação apresentada na 18th European Accounting Association Annual Congress, Birmingham, 10-12 Maio, pp. 1-22.

Fleischman, R.K.; Mills, P.A.E e Tyson, T.N. (1996). “A theoretical primer for evaluating and conducting historical research in accounting”. Accounting History, 1 (1), pp. 55-75.

Freitas, J.J. Rodrigues de (1881). “Instrução industrial e comercial. VI. O comércio do Porto (7 set. 1881)”. In, Alves, Jorge Fernandes (recolha e introd.) [s.d.], José Joaquim Rodrigues de Freitas: novas páginas avulsas. Porto: Fundação Eng. António de Almeida, pp. 139-143.

Gomes, Delfina e Rodrigues, Lúcia Lima (2009). “Investigação em história da contabilidade”. In, Major, Maria João e Vieira, Rui, Contabilidade e controlo de gestão - Teoria, metodologia e prática. Lisboa: Escolar Editora, pp. 211-239.

Gomes, Joaquim Ferreira (1980). Estudos para a história da educação no século XIX. Coimbra: Livraria Almedina.

Gonçalves, Júlio César da Silva (1960). A Aula do Comércio. Lisboa: [s.n.].

Guerra, Carlos José (1948). “Querer é poder”. Revista de Contabilidade e Comércio, n.os 61-62, ano XVI, pp. 170-181.

Guimarães, Joaquim Cunha (2004). “Contributo para a história da revisão de contas em Portugal”. Revisores & Empresas, 27, pp. 9-23.

Hopwood, A. G. (1985). “The tale of a committee that never reported: Disagreements on intertwining accounting with the social”. Accounting, Organizations and Society, 10 (3), pp. 361-377.

Hopwood, A. G. (1987). “The archaeology of accounting systems”. Accounting, Organizations and Society, 12 (3), pp. 207-234.

Laughlin, R. (1999). “Critical accounting: Nature, progress and prognosis”. Accounting, Auditing and Accountability Journal, 12 (1), pp. 73-78.

Lopes, Fernando da Conceição (1992). “História da contabilidade - A Aula do Comércio: primeira escola de gestores em Portugal”. Jornal do Técnico de Contas e da Empresa, 320, pp. 127-128.

Machado, A. J. Cardão (2009). “A importância das reformas pombalinas do ensino na evolução da Contabilidade”. Revista de Contabilidade e Finanças, 98, pp. 4-8.

Martins, Everard (1937). “A Aula do Comércio”. Revista de Contabilidade e Comércio, 19, pp. 262-265.

Martins, Everard (1960). A Aula do Comércio: 1759. Lisboa: [s.n.].

Pequito, Rodrigo Affonso (1914). A instrucção comercial superior: Discurso proferido na Sessão Solemne de Abertura de aulas do Instituto Superior de Commercio em 29 de Novembro de 1913. Lisboa: Typographia “A Editora Limitada”.

Pereira, José Manuel (2001). O Caixeiro e a instrução comercial no Porto oitocentista: percursos, práticas e contextos profissionais. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tese de Mestrado em História Contemporânea.

Pereira, José Manuel (2009). “O arranque do ensino comercial no Porto Oitocentista – pretextos e contextos”. Revista de Contabilidade e Finanças, 97, pp. 4-13.

Pimenta, Pedroso (1934). “O Marquez de Pombal regulamentou as profissões de Técnicos de Contas”. Revista de Contabilidade e Comércio, II (8), pp. 289-295.

Portela, António Farinha (1968). “A evolução histórica do ensino das Ciências Económicas em Portugal”, Análise Social, VI ( 22-23-24), pp. 787-836.

Portugal (1770). “Carta de Lei de 30 de Agosto de 1770”. In, Pimenta, Pedroso (1934), “O Marquez de Pombal regulamentou as profissões de Técnicos de Contas”. Revista de Contabilidade e Comércio, II (8), pp. 289-295.

Raupp, Fabiano Maury e Beuren, Ilse Maria (2006). “Metodologia da pesquisa aplicável às Ciências Sociais”. In, Beuren, Ilse Maria (Org.), Longaray, André Andrade; Raupp, Fabiano Maury; Sousa, Marco Aurélio Batista de; Colauto, Romualdo Douglas e Porton, Rosimere Alves de Bona (Col.), Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Editora Atlas, pp. 76-97.

Ribeiro, José Silvestre (1873). Historia dos estabelecimentos Scientificos, Litterários e Artisticos de Portugal nos successivos reinados da monarchia. Tomo III. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias.

Rodrigues, Lúcia Lima e Craig, Russell (2004). “English mercantilist influences on the foundation of the portuguese School of Commerce”. Atlantic Economic Journal, 32 (4), pp. 329-345.

Rodrigues, Lúcia Lima e Craig, Russell (2005). “Influências mercantilistas inglesas na criação da Aula do Comércio em 1759”. Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, 62, pp. 22-33.

Rodrigues, Lúcia Lima e Craig, Russell (2009). “Teachers as servants of state ideology: Sousa and Sales, portuguese School of Commerce, 1759–1784”. Critical Perspectives on Accounting, 20 (3), pp. 379-398.

Rodrigues, Lúcia Lima, Craig, Russell e Gomes, Delfina (2007). “State intervention in commercial education: the case of the portuguese School of Commerce, 1759”. Accounting History, 12 (1), pp. 55-85.

Rodrigues, Lúcia Lima, Craig, Russell e Gomes, Delfina (2010a). “A intervenção do Estado no Ensino Comercial: o caso da Aula do Comércio, 1759 (I)”. Revista da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, 118, pp. 39-48.

Rodrigues, Lúcia Lima, Craig, Russell e Gomes, Delfina (2010b). “A intervenção do Estado no Ensino Comercial: o caso da Aula do Comércio, 1759 (II)”. Revista da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, 119, pp. 39-44.

Rodrigues, Lúcia Lima e Gomes, Delfina (2002). “Evolução da profissão dos TOC em Portugal: do Marquês de Pombal até aos nossos dias”. Jornal de Contabilidade, 302, pp. 131-141.

Rodrigues, Lúcia Lima, Gomes, Delfina e Craig, Russell (2003). “Aula do Comércio: primeiro estabelecimento de ensino técnico profissional oficialmente criado no mundo?”. Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, 34, pp. 46-54.

Rodrigues, Lúcia Lima, Gomes, Delfina e Craig, Russell (2004a). “Corporativismo, liberalismo e a profissão contabilística em Portugal desde 1755”. Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, 46, pp. 24-39.

Rodrigues, Lúcia Lima, Gomes, Delfina e Craig, Russell (2004b). “Portuguese school of commerce, 1759-1844: A reflection of the ‘Enlightenment‘”. Accounting History, 9 (3), pp. 53-71.

Santana, Francisco Gingeira (1985). “A Aula do Comércio: uma escola burguesa em Lisboa”. Ler História, 4, pp. 19-30.

Santana, Francisco Gingeira e Sucena, Eduardo (coords.) (1994). Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: [s.n.].

Silva, Alberto (2009). “Contra a corrente: ‘Contabilistas melhorados’”. Revista de Contabilidade e Finanças, 97, p. 24.

Sousa, Pedro Rodrigues de e Morais, Teresa Torrinhas (2009). “O ensino técnico dos Institutos Industriais e Comerciais em Portugal: breve panorama sobre as principais reformas (1853-1973)”. In, Alves, Luís Alberto Marques Alves; Sousa, Pedro Rodrigues de; Morais, Teresa Torrinhas e Araújo, Franscisco Miguel Veloso, Ensino técnico (1756-1973). Lisboa: Secretaria-Geral do Ministério da Educação, pp. 57-90.

Stewart, R.E. (1992). “Pluralizing our past: Foucault in accounting history”. Accounting, Auditing and Accountability Journal, 5 (2), pp. 57-73.

Publicado

2011-12-01

Cómo citar

Gonçalves, M., & Marques, M. da C. da C. (2011). Evoluçâo do ensino da contabilidade em Portugal na segunda metade do século XIX: uma análise histórica, 1844-1886 = Evolution of accounting education in Portugal in the second half of the nineteenth century: a historical analysis, 1844-1886. Pecvnia : Revista de la Facultad de Ciencias Económicas y Empresariales, Universidad de León, (13), 201–220. https://doi.org/10.18002/pec.v0i13.609

Número

Sección

Artículos