Cais de chegada: a imigração no contexto Ibérico. Uma análise comparativa = “Arrival dock”: immigration in the Iberian context
DOI:
https://doi.org/10.18002/pol.v0i20.54Palabras clave:
Portugal, Espanha, emigração, imigração, Spain, emigration, immigrationResumen
Portugal e Espanha, dois países diferenciados no contexto intra e extraibérico, têm demonstrado similitudes nos seus percursos histórico-geográficos. Um dos aspectosque se pode salientar diz respeito à questão dos movimentos migratórios, tanto num contexto emissor como num contexto receptor. A época dos Descobrimentos e da colonização das províncias ultramarinas foi um dos primeiros momentos em que ambos os países assistiram à saída de população autóctone, assim como mais tarde, no início do século XX, ou depois, na segunda metade do mesmo século, em pleno período ditatorial vivido pelos dois países. A necessidade de assegurar as fronteiras estatais, a busca de melhores condições de vida (através do auferimento de melhores salários, por exemplo), muito em especial de liberdade política, económica e social –e a fuga a um contexto de guerra (colonial, no caso português e civil, no caso espanhol)– foram algumas das motivações que levaram portugueses e espanhóis a procurarem destinos transatlânticos, nomeadamente no continente Americano, Africano e também Europeu. Mas a realidade migratória alterou-se e, a partir do último quarto do século XX, a Península Ibérica deixou de ser apenas cais de partida, para passar a ser também cais de chegada. Esta situação foi propiciada pela entrada de um contingente significativo de imigrantes de várias origens, com perfis diferenciados, que vieram alterar de forma marcante as paisagensd e Portugal e Espanha. Com este trabalho pretende-se por um lado reflectir sobre a transição do paradigma migratório (os antecedentes, as circunstâncias motivacionais, os contextos geográficos…), e por outro perceber a dinâmica actual dos vários grupos imigrados em ambos os países, numa perspectiva comparativa. E se possível reflectir sobre o futuro da imigração ibérica tendo em conta o contexto de crise actual.
Portugal and Spain, two different countries in the extra and intra-Iberian context, have demonstrated resemblances in their historic and geographic courses. One of the aspects which can be highlighted is concerned with the issue of migratory movements, both in a receiving and sending context. The era of the Descobrimentos and colonization of overseas provinces was one of the first moments when both countries witnessed the exit of autochthon population, as well as later, in the beginning of the 20th century, or afterwards, in the second half of the same century, during dictatorial regime period of both countries. The need to assure State borderlines, the search for better life conditions (through better salaries, for example), especially the search for political, economical and social freedom – and the escape to a context of war (colonial in the Portuguese case and civil in the Spanish case) – were some of the rationales which lead Portuguese and Spanish to seek transatlantic destinations, namely in the American, African and European continents.
But the migratory reality changed and, from the last quarter of the 20th century onwards, the Iberian Peninsula stopped being only a shipping dock to also start being an arrival dock. This situation was made possible through the entrance of a significant contingent of immigrants of several origins with different profiles which changed the landscapes of Portugal and Spain drastically.
With this paper it is intended to reflect, on one hand, about the transition of the migratory paradigm (predecessors, motivational circumstances, geographical contexts) and, on the other hand, to understand the current dynamics of the several immigrated groups in both countries, in a comparative perspective. And, if possible, to reflect about the future of the Iberian immigration bearing in mind the current crisis context.
Descargas
Métricas alternativas
Citas
ACTIS, W.; DE PRADA, M. Á.; PEREDA, C. (Colectivo IOÉ) (1999): Immigrantes, trabajadores, ciudadanos. Una visión de las migraciones desde España. Valência, Universitat de Valência, Patronat Sud-Nord.
BAGANHA, M. I.; FERRÃO, J.; MALHEIROS, J. M. (1998): «Immigrants and the labour market: the portuguese case». In: VICENTE, P. (Coord.), Metropolis International Workshop Proceedings (Lisbon, September 28-29, 1998), Lisboa, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 89-120.
BAGANHA, M. I.; MARQUES, J. C.; FONSECA, G. (2000): Is an ethclass emerging in Europe? The portuguese case. Lisboa, Fundação Luso-Americana.
BAGANHA, M. I.; MARQUES, J. C.; GÓIS, P. (2009): «Imigrantes em Portugal: uma síntese histórica”. Ler História – Emigração e Imigração Lisboa, Associação de Actividades Científicas, ISCTE, nº 56, 123-133.
BLANCO, C. (2000): Las migraciones contemporáneas. Madrid, Alianza Editorial.
CASADO FRANCISCO, M. (2005): Análisis económico de la inmigración en España: una propuesta de regulación. Madrid, Universidad Nacional de Educación a Distancia.
CRIADO, M. J. (2000): «La cuestión migratoria en España: datos y notas». In: MORENTE MEJÍAS, F. (Ed.), Cuadernos Étnicos. Inmigrantes, Claves para el futuro inmediato. Jaén: Universidad de Jaén, Col. Monografías Jurídicas, Económicas y Sociales, Jaén, p.163-192.
CUADRADO ROURA, J. R.; IGLESIAS FERNÁNDEZ, C.; LLORENTE HERAS, R. (2007): Inmigración y mercado de trabajo en España (1997-2005). Bilbao, Fundación BBVA.
ESTEVES, M. do C. (Org.) (1991): Portugal, país de Imigração. Lisboa, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento, Caderno nº 22.
FONSECA, M. L. (2005): «Inserção territorial. Urbanismo, desenvolvimento regional e políticas locais de atracção». In: VITORINO, A. (Coord.), Imigração: oportunidade ou ameaça? Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Col.Principia, 105-150.
FONSECA, M. L.; MALHEIROS, J.; ESTEVES, A.; CALDEIRA, M. J. (2002): Immigrants in Lisbon, routes of integration. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa, Estudos para o Planeamento Regional e Urbano, nº 56.
GARCÍA MARTÍNEZ, C. (1997): «España, país de inmigración», en PANADERO MOYA, M.; GARCÍA MARTÍNEZ, C. (Coords.), Migraciones extranjeras en la Unión Europea. Cuenca, Universidad de Castilla-La Mancha.
GOZÁLVEZ PÉREZ, V.; LÓPEZ TRIGAL, L. (1999): «Jornaleros extranjeros en el campo español». Ería, nº 49, 213-229.
GOZÁLVEZ PÉREZ, V. (2002a): «La inmigración en España: causas y perspectivas según el contexto europeo», en PASTOR ANTOLÍN, L. J. (Coord.), Globalización y migraciones hoy: diez años de contínuos desafíos. Valladolid, Universidad de Valladolid, Centro Buendia, 21-29.
GOZÁLVEZ PÉREZ, V. (2002b): «El incremento de trabajadores extrangeros en la agricultura española: su necesaria regulación», en ALMOGUERA SALLENT, P. (Ed.), De sur a sur. Análisis multidisciplinar del fenómeno migratório en España. Sevilla, Universidad de Sevilla, 173-193.
IKUSPEGI (2007): «Inmigración y comunidades autónomas». Panorámica de la inmigración, nº 15, Bilbao, https://www.ikuspegi.eus/documentos/documentos_internos/panoramica15cas.pdf (accedido en 01/06/2009)
IZQUIERDO ESCRIBANO, A. (2002): «La inmigración: reto europeo del siglo XXI» en RAMOS, J. D. (Coord.), Hacia una Europa multicultural. El reto de las migraciones. Salamanca: Universidad Pontificia de Salamanca, Estudios nº 243, 23-45.
LABRADOR FERNÁNDEZ, J. (2001): Identidad e inmigración. Un estudio cualitativo con inmigrantes peruanos en Madrid. Madrid, Universidad Pontificia de Comillas.
LAMELA VIERA, C. ET AL. (2006): Demografía de los extranjeros. Incidencia en el crecimiento de la población. Bilbao, Fundación BBVA.
LÓPEZ CASASNOVAS, G.; ARGULLOL, E. (Coords.) (2005): La razón principal para emigrar es la presencia de compatriotas en el lugar de destino, seguida de los niveles de pobreza y desempleo en el país de origen. Fundación BBVA. http://www.documentalcayuco.org/documentos/Estudios/Estudio_BBVA.pdf (acedido em 25/05/2009).
LOPEZ TRIGAL, L. (Dir.) (1994): La migración de portugueses en España. León, Universidad de León.
MALHEIROS, J. (1996): Imigrantes na região de Lisboa. Os anos da mudança. Lisboa: Edições Colibri.
MALHEIROS, J. M. (2005): «Migrações», en MEDEIROS, Carlos Alberto, Geografia de Portugal 2 – Sociedade, Paisagens e Cidades, Lisboa, Círculo de Leitores, 87-125.
MARTINS, A. C. (2006): Diagnóstico sobre a situação social dos imigrantes no concelho de Portalegre. Câmara Municipal de Portalegre. http://www.cm-portalegre.pt/resources/4317/zoom/diagnportalegre.pdf (accedido en 04/06/2009)
MEDEIROS, C. A. (1996): Geografia de Portugal. Ambiente natural e ocupação humana. Uma introdução. Lisboa, Editorial Estampa, 4ª edição.
PAJARES, M. (2001): Inmigración y mercado de trabajo. Informe 2008. Madrid, Ministerio de Trabajo e Inmigración, Documentos del Observatorio Permanente de la Inmigración, nº 17.
PUMARES FERNÁNDEZ, P.; GARCÍA COLL, A.; HITA, ASENSIO, Á. (2006): La movilidad laboral y geográfica de la población extranjera en España. Madrid: Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales – Observatorio Permanente de la Inmigración, Documentos de OPI, nº 10.
ROCHA-TRINDADE, M. B. (1995): Sociologia das Migrações. Lisboa, Universidade Aberta.
SALINAS RAMOS, F. (2004): «La inmigración en España. Economía social e inserción sociolaboral», en SALINAS RAMOS, F.; HERRANZ DE LA CASA, J. M. (Dirs.), La economía social como puerta de integración sociolaboral de los inmigrantes. Ávila, Universidad Católica de Ávila, 31-62.
SANTOS, V. (2004): O discurso oficial do Estado sobre a emigração dos anos 60 a 80 e a imigração dos anos 90 à actualidade. Lisboa, ACIME, Observatório da Imigração.
SECRETARIA CONFEDERAL DE MIGRACIONES (2006): Inmigración e mercado de trabajo “propuestas para la ordenación de los flujos”. CCOO documentos. http://www.ccoo.es/comunes/temp/recursos/1/26125.pdf (accedido en 25/05/ 2009)
URDIALES VIEDMA, M. E.; FERRER RODRÍGUEZ, A. (2005): «La inmigración latinoamericana en España». Anales de Geografía, nº 25, 115-134.
VELEZ DE CASTRO, F.; CRAVIDÃO, F. (2008): «Immigration and public policies: thinking about local development? The Portuguese Case», en PRADHAN, P.; WASTL-WALTER, D.; FOLMAR, S. (Eds.), Public policy and local development: opportunities and constraints, International Geographic Union, University of Thribuvan, 277-290.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Polígonos. Revista de Geografía
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores ceden de forma no exclusiva los derechos de explotación (reproducción, distribución, comunicación pública, transformación) a las Universidades de León, Salamanca y Valladolid, que lo pondrán a disposición pública en la página web de la revista (http://revpubli.unileon.es/ojs/index.php/poligonos/index) y en el repositorio propio Bulería (https://buleria.unileon.es/handle/10612/374)
- Los autores pueden establecer, por separado, acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en la revista (por ejemplo, alojarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), comunicándolo al Equipo Editorial y con un reconocimiento explícito de su publicación inicial en Polígonos. Revista de Geografía.
- Este trabajo se encuentra bajo la Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License. Puede consultarse desde aquí la versión informativa y el texto legal de la licencia.
- Los autores se compromentes a aceptar las sugerencias de los Evaluadores externos o del Equipo Editorial. En caso de discrepancia con las mismas, los autores deben justificar debidamente su propuesta.
- Se permite y se anima a los autores a difundir electrónicamente las versiones post-print (versión evaluada y aceptada para su publicación) de sus obras, ya que favorece su circulación y difusión y con ello un posible aumento en su citación y alcance entre la comunidad académica.