“Sacrum convivium”. Formas e conteúdos da ceia do rei de Portugal na Idade Moderna a partir das figurações icónicas

Autores

  • Marco Daniel Duarte

DOI:

https://doi.org/10.18002/da.v0i4.1572

Palavras-chave:

ceia, iconografia da alimentação, banquete, ritual, liturgia régia, eucaristia, natureza-morta, comida pública do rei, Última Ceia

Resumo

Os reis da Idade Moderna portuguesa, como os monarcas da restante Europa, tinham plena consciência da importância da alimentação e do simbolismo que, desde os tempos mais antigos da humanidade, a alimentação condensava através dos seus ritos. Faziam, assim, do acto de comer um cerimonial através do qual demonstravam o seu poder: ante os maiores do seu povo, o rei mostrava-se alimentador do seu reino e, também, alimentado pelo seu reino. Os vários ritos estavam de tal sorte associados ao ritual eucarístico que, inclusivamente, se poderá falar de um verdadeiro “sacrum convivium”. De entre as várias fontes que concorrem para esta percepção, têm um lugar primordial as fontes iconográficas (ceias, representação de festas, naturezas-mortas…), pois condensam em si, mais do que uma reprodução à maneira de reportagem, os valores que, na Idade Moderna, gravitavam em torno da sacralidade dos alimentos.

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Publicado

2015-02-22

Edição

Secção

Artículos