A prática e caracterização do kata por experientes árbitros e professores de judô

Autores

  • Mario Luiz Miranda Universidade de São Paulo
  • Ursula Ferreira Julio Universidade de São Paulo
  • Michel Calmet Université Montpellier 1
  • Emerson Franchini Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.18002/rama.v5i2.113

Palavras-chave:

Significado do kata, princípios do judô, caracterização do kata, transferência de conhecimentos, evolução do kata

Resumo

O objetivo do presente estudo foi caracterizar a prática do kata entre os professores responsáveis pelos exames de graduação e as competições de kata da Federação Paulista de Judô. Foi aplicado um questionário fechado a 20 professores (masculino = 18; feminino = 2). Os participantes tinham entre 46 ± 10 anos de idade, com tempo de prática de judô de 34 ± 9 anos, e graduação de 5 ± 1 dan. A prática do kata variou desde 2 (50%) a 4 (30%) sessões por mês. O nage no kata foi reconhecido como o kata mais praticado (78%) e preferido (31%), seguido pelo katame no kata (25%), ju no kata (21%) e kime no kata (12%). O início do estudo do kata, geralmente inicia-se pelo professor na academia (79%) e também através de cursos oferecidos pela federação estadual (21%). A prática é dirigida ao aprimoramento das técnicas de judô (46%), à complementação para o treinamento de judô (29%), à prática espiritual e mental (14%) e para a preparação às competições (11%). Os seguintes atributos são expressos como os mais importantes significados dados ao kata: fundamento (45%), essência (25%), origem (15%), forma (10%) e princípio (5%).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas alternativas

Referências

Back, A & Kim, D. (1984). The future course of the eastern martial arts. Quest, 36: 7-14.

Camomilla, V.; Sbricoli, P.; Di Mario, A.; Arpante, A. & Francesco, F. (2009). Comparison of two variants of a kata technique (Unsu): neuromechanical point of view. Journal of Sports and Sciences Medicine, 8 (3):29-35.

Carr, K.G. (1993). Making way: War, philosophy and sport in Japanese judo. Journal of Sports History, 20 (2): 167-188.

Carmeni, B. (2002). Il grande manuale dei kata. Patrocínio della cittá di Conegliano. Giuseppe di Cassola: Litografia Ninoprint.

Cunningham, S.R. (1998). Kano and kata: reply to Geof Gleeson. Disponible en http://www.judoamerica.com/coachingcorner/kano-kata.shtml. [Acceso 24/07/2009].

Demente, B. (2003). Kata: The key to understanding and dealing with the Japanese! Boston: Tuttle.

Ebell, S.B. (2008). Competition versus tradition in Kodokan judo. Journal of Asian Martial Arts, 17 (1): 28-37.

Gatling, L. (2008). The first kodokan judo kata international competition & its katas. Journal of Asian Matial Arts, 17 (1): 68-77.

Gleeson, G.R. (1987). Kano – Radical or Tradionalist? Or Are kata and shiai the same thing? Disponible en http://www.judoamerica.com/coachingcorner/gleeson/gleeson.pdf. [Acceso 24/07/2009].

Goodger, B.C. & Goodger, J.M. (1980). Organisational and cultural change in post war British judo. International Review of Sport Sociology, 1 (15): 21-48.

Gutierrez, C. & Perez, M. (2008). “La contribucion del judo a la education” de Jigoro Kano. Introduccion, traducción y notas. Revista de Artes Marciales Asiaticas, 3 (3): 38-53.

International Judo Federation. (2007). Referee certification, criteria for examination. Disponible en http://intjudo.eu/?Menu=Static_Page&Action=List&m_static_id=55&lang_id=2&mid=7&main=12. [Acceso 23/07/2009].

Jones, L.C. (2005). Competition, kata and the art of judo. Journal of Asian Martial Arts, 14 (3): 72-85.

Kano, J. (1994). Kodokan Judo. Editado bajo la supervisión del Kodokan Editorial Committee. Tokyo: Kodansha International.

Kano, J. (2005). Mind over Muscle: writings from the founder of judo. United States: Kodansha International.

Kawamura, T. & Daigo, T. (2000). Kodokan new Japanese English dictionary of judo. Tokio: Kodokan Institute.

Kodokan Deliberation Councill. Regulations providing for qualifications for dan promotion. Disponible en http://www.kodokan.org/e_basic/shoudan.html. [Acceso 19/06/2009].

Mekawa, M. & Hasegawa, Y. (1963). Studies on Jigoro Kano. Significance of his ideals of physical education and judo. Bulletin of Association for Scientific Studies on Judo, Report 2: 1-12.

Matsumoto, D. (1996). An Introduction to Kodokan Judo: History and Philosophy. Tokyo: Hon-no-Tomosha.

Nurse, P. (2009). The beginnings of Kodokan, 1882-1938. Disponible en Http:www.fightingarts.com/reading/article.php?id=53. [Acceso 21/05/2009].

Otaki, T. & Draeger, D.F. (1983). Judo, formal techniques: a complete guide to Kodokan randori no kata. Tokyo: Charles E. Tuttle Co.

Parmegiani, S.; Bartolomucci, A.; Palanza, P.; Galli, P.; Nicoletta, R.; Brain, P.F. & Volpi, R. (2006). In judo, randori (free fight), and Kata (highly ritualized fight) differently change plasma cortisol, testosterone, and interleukin levels in male participants. Aggressive Behavior, 32: 481-489

Saeki, T. (1994). The conflict between tradition and modernization in a sport organization: a sociological study of issues surrounding the organizational reformation of the all Japan Judo Federation. International Review for Sociology of Sport, 29 (3): 301–315.

Publicado

2012-07-12

Como Citar

Miranda, M. L., Julio, U. F., Calmet, M., & Franchini, E. (2012). A prática e caracterização do kata por experientes árbitros e professores de judô. Revista de Artes Marciales Asiáticas, 5(2), 97–110. https://doi.org/10.18002/rama.v5i2.113

Edição

Secção

Artigos