Mulher “de classe”: desigualdades corporificadas nas telenovelas brasileiras da Rede Globo
DOI:
https://doi.org/10.18002/cg.v0i16.6943Palavras-chave:
gênero, classe social, desigualdades, telenovela, poderResumo
Este artigo parte da premissa de que a ideologia dominante é aquela em que a identidade feminina, assim como as classes mais baixas, é submissa. Sendo assim, propomos articulações possíveis entre as categorias de gênero e classe social - adotada através da matriz bourdiana - para estudos de telenovela, problematizando empiricamente as formas com que o melodrama atua na reprodução das desigualdades não apenas de classe, mas também de gênero. Nosso objetivo é, com base na sociologia bourdiana e nos conceitos de habitus, distinção, estilo de vida, capitais e corpo de classe, identificar como as mulheres de diferentes classes sociais têm sido representadas nas telenovelas brasileiras da Rede Globo na década de 2010. Os dados apontam que, mesmo as tramas que trazem identidades femininas inovadoras para o gênero melodramático acabam reproduzindo o discurso hegemônico dominante vigente há meio século, principalmente através dos usos sociais do corpo feminino.
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