“Desocupadas” no Estado do Maranhão: desigualdade de gênero e os impactos da colonialidade no desemprego feminino

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18002/cg.i20.8673

Palabras clave:

colonialidade, gênero, desemprego feminino

Resumen

Este artigo investiga como a colonialidade de gênero influencia o desemprego feminino no Maranhão, destacando o uso inadequado do termo “desocupadas” pelo IMESC, que invisibiliza o trabalho informal e não remunerado. A pesquisa, baseada em revisão de literatura e análise documental sobre o período de 2023-2024, evidencia que o mercado de trabalho feminino é marcado por lógicas patriarcais que afetam principalmente mulheres negras, que ocupam postos precários e mal remunerados. Os resultados indicam que a colonialidade de gênero perpetua desigualdades estruturais, reforçando a marginalização das mulheres no mercado de trabalho. A pesquisa baseia-se em Quijano, Lugones, Saffioti e Butler, e propõe a revisão crítica das políticas públicas e da categorização de trabalho feminino.

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Biografía del autor/a

Valéria Cristina Lopes dos Santos Souza, Universidade Federal do Maranhão – Brasil

Cientista Social – UFMA; Mestranda em Cultura e Sociedade (PGCult) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Atua como pesquisadora na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Ester Avelar dos Santos Rios Mariz, Universidade Federal do Maranhão - Brasil

Advogada – OAB/MA, Mestranda em Cultura e Sociedade (PGCult) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Atua como pesquisadora bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).

Ana Caroline Amorim Oliveira, Universidade Federal do Maranhão - Brasil

Professora Associada I do Curso de Ciências Humanas/Sociologia da UFMA e Permanente do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pgcult/UFMA). Líder do Perspectivas – Grupo de Pesquisa em Antropologia Simétrica e Cosmopolíticas (CNPq). Coordenou o PIBID/CAPES (2022-2024). Conselheira do CONDISI-MA desde 2021. Co-editora da Revista RICS. Integra o Coletivo Mururu/Rede(CO)Vida – Mapeamento da pandemia entre povos indígenas no Maranhão. Membro da ABA e da APA. Pesquisadora Sênior da Rede CT. Compõe o GT Povos Indígenas na História (ANPUH-MA). Jurada do 57º Festival de Parintins-AM (2024). Pesquisa etnologia, com foco em história e presença indígena no Baixo Parnaíba Maranhense, pandemia da Covid-19 entre povos indígenas, parteiras e revitalização de línguas indígenas.

Márcia Manir Miguel Feitosa, Universidade Federal do Maranhão - Brasil

Professora Titular do Departamento de Letras da UFMA. Graduada em Letras pela Unicamp (1984), com Mestrado (1992) e Doutorado (1997) em Literatura Portuguesa pela USP. Pós-Doutora em Estudos Comparatistas pela Universidade de Lisboa (CAPES/Ciência sem Fronteiras), sob supervisão de Helena Carvalhão Buescu. Bolsista de Produtividade CNPq – nível 1D. Integra o corpo permanente dos Mestrados em Letras e em Cultura e Sociedade da UFMA. Coordena o PROCAD (PGCult) com a UEMA (Mestrado em Letras) e com a UESB (Mestrado em Memória: Linguagem e Sociedade). Líder do Grupo de Estudos de Paisagem em Literatura (GEPLIT) e vice-líder do Grupo de Pesquisa em Estudos da Paisagem nas Literaturas de Língua Portuguesa.

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Publicado

2025-06-28

Cómo citar

Lopes dos Santos Souza, V. C. ., Avelar dos Santos Rios Mariz, E. ., Amorim Oliveira, A. C. . y Manir Miguel Feitosa, M. . (2025) «“Desocupadas” no Estado do Maranhão: desigualdade de gênero e os impactos da colonialidade no desemprego feminino», Cuestiones de Género: de la igualdad y la diferencia, (20), pp. 527–542. doi: 10.18002/cg.i20.8673.